sexta-feira, 21 de junho de 2013
Exercício mais sono
A atividade física acrescentada ao dia-a-dia é igual a uma menor incidência de tumores. Essa conta parecia manjada no meio científico. No entanto, uma novíssima pesquisa revela que é indispensável somar boas noites de sono para ela ficar redonda. No estudo, quase 6 mil mulheres foram acompanhadas durante dez anos. Ao final desse período, as que incluíam sessões generosas de atividade física na rotina apresentaram uma probabilidade 25% menor de desenvolver qualquer tipo de câncer. E parecia tudo conforme o esperado, até que um panorama diverso foi verificado nas voluntárias que, mesmo suando a camisa, dormiam menos de sete horas por noite, tempo considerado insuficiente para o organismo se recompor de uma jornada — ainda mais aquela que contempla gastos físicos.
Entre as pessoas que se exercitavam mas não dormiam direito, os pesquisadores constataram um risco até 47% maior de desenvolver um câncer, como se o tiro saísse pela culatra. "Os dados sugerem que o sono tem uma importância ímpar nessa equação". A hipótese levantada para explicar a relevância do descanso noturno nessa história toda tem a ver com o envelhecimento celular. "Quem dorme pouco antecipa esse fenômeno" . E isso predispõe a inúmeras doenças, entre elas os "tumores malignos". Ou seja, as células de quem não repousa adequadamente à noite perdem sua eficiência rapidamente, abrindo caminho para mutações que podem predispor ao aparecimento de um câncer. O exercício, então, seria outro fator capaz de acelerar esse processo, sem o sono para restaurar o corpo submetido a esforço.
"Existem evidências de que exercícios bem-feitos estimulam o sistema imunológico e diminuem a incidência de inflamações pelo corpo". Mas poucas horas de sono atuam no sentido contrário, prejudicando as defesas e favorecendo quadros inflamatórios". No final, no mínimo não há vantagens. E que fique claro: um corpo com defesas fragilizadas e refém de constantes processos inflamatórios se torna bastante vulnerável a tumores.
A obesidade também pesa nessa conta — afinal, por incrível que pareça, há uma ligação entre falta de sono e sobrepeso. Em outras palavras, não adianta nada ralar no esporte se isso prejudicar suas horas de descanso. As noites maldormidas destrambelham o organismo a ponto de interferir nos mecanismos que regulam a saciedade. Daí, no dia seguinte, o indivíduo fica com um apetite de leão. Resumo da ópera: ele passa a comer mais, e a circunferência de sua cintura só tende a se expandir por causa, inclusive, de hormônios ligados ao estresse. "O excesso de peso é outro fator de risco para o câncer"
O motivo é simples: as células que armazenam gordura, quando estão empanturradas, passam a produzir substâncias nocivas que contribuem para a gênese da doença.
Por tudo isso, já dá para entender que dormir pelo menos oito horas é o primeiro passo para quem pretende se exercitar. E é melhor que se durma à noite, como faz grande parte da população. Adormecer sob o breu noturno contribui para ajustar os ponteiros do nosso relógio biológico, que é regido pelo ciclo dia-e-noite, o chamado ritmo circadiano. Daí, adormecido no horário em que a natureza manda, nosso corpo produz boas doses de melatonina, o hormônio do sono. "Essa substância é um dos antioxidantes naturais mais poderosos. "Além de evitar danos às células, é capaz de mobilizar mecanismos de reparação do DNA, quando ele já sofreu algum prejuízo"
fonte : saúde.abril.com
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
O lado bom da dificuldade
Jack White
Jack White, ex-líder do White Stripes, gosta de dificultar as coisas para si mesmo. Usa guitarras baratas, que não ficam em forma ou afinadas. Quando toca, posiciona seus instrumentos de maneira deliberadamente inconveniente, fazendo com que mudar da guitarra para o órgão durante uma música envolva um giro louco pelo palco. Por quê? Porque ele foge do que descreve como uma doença que atinge todo artista: “a facilidade de uso”. Quando fazer música torna-se fácil demais, diz White, fica mais difícil fazê-la soar bem.
Beatles
É um pensamento estranho. Por que alguém tornaria seu trabalho mais difícil do que já é? Sabemos, porém, que a dificuldade traz benefícios inesperados. Em 1966, logo depois que os Beatles concluíram Rubber soul, Paul McCartney avaliou a possibilidade de ir para os Estados Unidos para gravar o próximo álbum da banda. Os equipamentos dos estúdios americanos eram mais avançados do que qualquer coisa na Grã-Bretanha, o que levara os grandes rivais dos Beatles, os Rolling Stones, a produzir seu álbum Aftermath em Los Angeles. McCartney descobriu que as cláusulas contratuais da EMI tornavam caro demais seguir o mesmo caminho, e os Beatles tiveram de se virar com a primitiva tecnologia do estúdio Abbey Road. Sorte nossa. Nos dois anos seguintes, eles fizeram seu trabalho mais revolucionário, transformando o estúdio de gravação num instrumento mágico.
Ted Hughes
Às vezes, é apenas quando a dificuldade é removida que nós percebemos o que ela nos proporcionava. Por mais de duas décadas, a partir dos anos 1960, o poeta Ted Hughes fez parte do júri de uma competição anual de poesia para crianças de escolas britânicas. Durante os anos 1980, ele notou um crescente número de poemas longos entre os inscritos, com alguns chegando a 70 ou 80 páginas. Esses poemas eram verbalmente inventivos e fluentes, mas também “estranhamente chatos”. Depois de investigar, Hughes descobriu que eles estavam sendo escritos em computadores.
Você pode pensar que qualquer ferramenta que permita um escritor colocar palavras numa página seria uma vantagem. Mas pode haver um custo para essa facilidade. Numa entrevista para a Paris Review, Hughes especulou que, quando uma pessoa coloca uma caneta sobre o papel, “você encontra a terrível resistência do que aconteceu em seu primeiro ano, quando você não conseguia escrever nada”. Conforme o cérebro tenta obrigar a instável mão a cumprir sua tarefa, a tensão entre os dois resulta numa expressão psicologicamente mais densa. Remova essa resistência, e você estará mais inclinado a produzir uma enrolação de 70 páginas. Há inclusive uma base para a hipótese de Hughes vinda da neurociência moderna: um estudo realizado pela professora Virginia Berninger, da Universidade de Washington, identificou que escrever à mão ativa mais o cérebro do que a escrita no teclado.
Universidade da Califórnia
Nosso cérebro responde melhor à dificuldade do que nós imaginamos. Nas escolas, tanto professores como alunos assumem que, se um conceito foi fácil de aprender, a lição foi bem-sucedida. Mas inúmeros estudos descobriram que, quando o material dado em sala de aula se torna mais difícil de absorver, os alunos retêm mais no longo prazo e o compreendem num nível mais profundo. Robert Bjork, da Universidade da Califórnia, cunhou a expressão “dificuldades desejáveis” para descrever a noção contraintuitiva de que deveríamos tornar o aprendizado mais difícil por meio de, por exemplo, aulas mais espaçadas entre elas para que os estudantes tenham de se esforçar mais para se lembrar do que aprenderam na última vez.
Universidade de Amsterdã
Fizeram uma série de experimentos para investigar como obstáculos afetam nosso processo de pensamento. Num deles, as pessoas tinham de resolver exercícios com anagramas ao mesmo tempo que, como um obstáculo a sua concentração, números aleatórios eram lidos em voz alta. Comparadas com aqueles que cumpriram a mesma tarefa sem essa distração, essas pessoas demonstraram uma agilidade cognitiva maior: mais probabilidade de fazer saltos de associação e conexões incomuns. Os pesquisadores também descobriram que, quando as pessoas são forçadas a lidar com obstáculos inesperados, elas reagem aumentando seu “ângulo de percepção” – dar, mentalmente, um passo para trás para ver a situação como um todo. Quando você encontra seu caminho para o trabalho bloqueado por uma obra, precisa imaginar um mapa da cidade em sua cabeça.
Robert Kenny
Nós tendemos a igualar felicidade a liberdade . Sem obstáculos a nossos desejos é mais difícil saber o que queremos ou para onde vamos. Um obstáculo comum é a falta de dinheiro. As pessoas assumem que mais dinheiro as fará mais felizes. Mas economistas que estudam a relação entre dinheiro e felicidade descobriram, consistentemente, que, a partir de certa renda, os dois não estão seguramente corretos. Na verdade, a facilidade de aquisição é o problema. Quando o Boston College quis conhecer melhor seus potenciais doadores, pediu ao psicólogo Robert Kenny que investigasse a mentalidade dos super-ricos. Ele pesquisou 165 famílias, a maioria com um patrimônio líquido de US$ 25 milhões ou mais. Descobriu que muitos deles estavam perdidos por causa das infinitas opções que seu dinheiro lhes apresentava. Eles achavam difícil saber o que desejar, o que criava uma espécie de confusão existencial. Um deles disse: “Quando você chega a um ponto em que pode comprar tanta coisa, o que você vai fazer?”.
Restrições e Liberdades
Comparada com centenas de anos atrás, nossa vida é menos restrita por limites sociais e físicos. A tecnologia cortou grande parte da labuta da vida, e nós temos hoje mais liberdade do que nunca: podemos vestir o que queremos, dormir com quem quisermos (se a pessoa em questão quiser dormir conosco) e nos comunicar com centenas de amigos ao mesmo tempo a partir do clique de um mouse. Poucos de nós desejamos voltar no tempo, mas talvez precisemos nos lembrar como podem ser úteis os obstáculos corretos. Às vezes, o melhor caminho para a satisfação pessoal é aquele de mais resistência.A internet faz de todos nós bilionários da informação, e os arquitetos de nossas experiências on-line estão percebendo a necessidade de tornar as coisas criativamente difíceis. O sucesso do Twitter baseia-se na percepção de que, num meio com espaço infinito para expressão pessoal, o mais interessante a fazer é nos restringir a 140 caracteres. O serviço de música This Is My Jam ajuda as pessoas a navegar pelas dezenas de milhões de faixas disponíveis instantaneamente pelo Spotify e pelo iTunes. Os usuários escolhem sua música favorita da semana e a compartilham com os outros. Eles só podem escolher uma. O serviço foi lançado apenas em 2012, mas até setembro 650 mil jams haviam sido escolhidas. Seu cofundador, Matt Ogle, explica sua razão de ser: “Numa era de escolha sem fim, nós sentimos falta de uma forma de dizer ‘Esta. É esta que você deveria escutar’”.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Cuidados com o sol
Muito se fala sobre os malefícios dos raios solares além da conta e sem proteção. De cara, todos se lembram dos tumores cutâneos. No entanto, poucos sabem que aquelas horas fritando na areia por um bronzeado enfraquecem o sistema imunológico, deixando o corpo menos resistente a vírus, fungos e bactérias. O que acontece é semelhante ao cansaço e ao esgotamento que sentimos após um dia na praia. A radiação ultravioleta - tanto a UVA quanto a UVB - faz com que as células do sistema imune da pele percam energia, dando sopa para qualquer micro-organismo estranho agir.
"É assim que surgem o herpes, vírus que a maioria das pessoas carrega sem nem sequer desconfiar, as micoses e até mesmo algumas viroses" . Indivíduos com imunossupressão, como transplantados e soropositivos, correm um risco ainda maior e devem evitar a superexposição em dias ensolarados.
O próprio bronzeado, que muitos vêem como sinal de saúde, não passa de uma reação do organismo ao UVB, predominante no verão. O colorido da estação é, na verdade, resultado da oxidação do pigmento que tinge a cútis, a melanina. É uma forma de proteção, que não deixa a radiação penetrar demais na pele . A vermelhidão significa que a pele foi danificada pelo UVB . É uma evidência de que as defesas do corpo estão temporariamente em baixa .
"É assim que surgem o herpes, vírus que a maioria das pessoas carrega sem nem sequer desconfiar, as micoses e até mesmo algumas viroses" . Indivíduos com imunossupressão, como transplantados e soropositivos, correm um risco ainda maior e devem evitar a superexposição em dias ensolarados.
O próprio bronzeado, que muitos vêem como sinal de saúde, não passa de uma reação do organismo ao UVB, predominante no verão. O colorido da estação é, na verdade, resultado da oxidação do pigmento que tinge a cútis, a melanina. É uma forma de proteção, que não deixa a radiação penetrar demais na pele . A vermelhidão significa que a pele foi danificada pelo UVB . É uma evidência de que as defesas do corpo estão temporariamente em baixa .
Alguns minutinhos ao sol faz bem à saúde ?
Sim, os banhos solares são a principal fonte da substância essencial aos ossos. A recomendação clássica é a seguinte: bastam 15 minutos de sol, das 11 às 15 horas, sem protetor, em pelo menos 15% do corpo (braços e pernas devem estar de preferência descobertos), de duas a três vezes por semana. Entre os dermatos, os suplementos são um consenso, já que seria mais arriscado aconselhar um paciente a tomar sol sem proteção. É preciso ingeri-los após a refeição, para facilitar a absorção intestinal.
Proteja-se e use Protetores Solares
Em primeiro lugar, use o filtro solar todos os dias, não só durante as férias. Evite a exposição com o sol a pino, entre às 10 e às 16 horas. Prefira produtos com fator de proteção solar (FPS) 30. As pessoas economizam na quantidade e não reaplicam o produto da forma correta. O ideal, é passá-lo 30 minutos antes de encarar o sol . Vale lembrar que é preciso recorrer de novo ao filtro a cada mergulho, no mar ou na piscina. Prefira os que previnem a ação do UVA e do UVB.
Previna - se :
- Tanto faz se é creme, spray ou gel. O último deve ser reaplicado mais vezes .
- Não importa se o tempo fechou, é importante usar o produto sempre.
- Beba água. Isso evita o ressecamento da pele e a desidratação que causa a insolação.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Exposições que retratam avanços tecnológicos
As exposições mundiais funcionam desde 1851 e são vitrine para tudo o que está acontecendo no mundo :
- Novas tecnologias
- formas de entretenimento
- cultura dos países
- geopolítica e preocupações de cada época ;
1851 - LONDRES. A primeira exposição mundial foi realizada no Palácio de Cristal, prédio de 94 mil m2 criado especialmente para abrigá-la. O palácio se tornou um cartão-postal de Londres, até ser destruído por um incêndio, em 1936.
1876 - FILADÉLFIA. Na exposição que comemorou os 100 anos da independência americana, a tocha da futura Estátua da Liberdade era uma das atrações. A estátua só seria inaugurada 10 anos depois. O imperador brasileiro dom Pedro II ajudou a abrir a exposição, ligando um motor a vapor, e testou a maior novidade: o telefone. Ficou tão empolgado que trouxe a tecnologia ao Brasil em 1879.
1958 - BRUXELAS. A primeira grande exposição após a Segunda Guerra legou o Atomium, o modelo molecular do cristal de ferro, com 102 m de altura, que serve também de mirante. Outra novidade era a música eletrônica, no pavilhão da Phillips, feito pelo arquiteto Le Corbusier.
1967 - MONTREAL. As preocupações ambientais começam a fazer parte da pauta - o tema oficial foi 'O Homem e Seu Mundo'. Criado para a exposição, o Habitat 67 era o um condomínio 'do futuro', com unidades pré-fabricadas, numa disposição que permite a cada casinha ter seu terraço. A favela futurista é habitada ainda hoje.
2010 - XANGAI. O Brasil teve um pavilhão na penúltima grande exposição - com samba e futebol. A única exposição no Brasil foi no Rio de Janeiro, em 1922, mas São Paulo é candidata para 2020.
- Novas tecnologias
- formas de entretenimento
- cultura dos países
- geopolítica e preocupações de cada época ;
1851 - LONDRES. A primeira exposição mundial foi realizada no Palácio de Cristal, prédio de 94 mil m2 criado especialmente para abrigá-la. O palácio se tornou um cartão-postal de Londres, até ser destruído por um incêndio, em 1936.
1876 - FILADÉLFIA. Na exposição que comemorou os 100 anos da independência americana, a tocha da futura Estátua da Liberdade era uma das atrações. A estátua só seria inaugurada 10 anos depois. O imperador brasileiro dom Pedro II ajudou a abrir a exposição, ligando um motor a vapor, e testou a maior novidade: o telefone. Ficou tão empolgado que trouxe a tecnologia ao Brasil em 1879.
1889 - PARIS. A Torre Eiffel era parte da exposição do centenário da Revolução Francesa. Por décadas, as autoridades tentaram desmontar o monumento 'provisório', até ela ganhar uma função como torre de rádio, nos anos 20.
1893 - CHICAGO. Nikola Tesla e George Westinghouse proviram o show de luzes elétricas, a maior atração da exposição. Na época, eles estavam em guerra contra Thomas Edison por qual corrente seria usada em sistemas elétricos - alternada ou contínua. O sucesso garantiu a adoção universal da corrente alternada de Tesla.
1958 - BRUXELAS. A primeira grande exposição após a Segunda Guerra legou o Atomium, o modelo molecular do cristal de ferro, com 102 m de altura, que serve também de mirante. Outra novidade era a música eletrônica, no pavilhão da Phillips, feito pelo arquiteto Le Corbusier.
1967 - MONTREAL. As preocupações ambientais começam a fazer parte da pauta - o tema oficial foi 'O Homem e Seu Mundo'. Criado para a exposição, o Habitat 67 era o um condomínio 'do futuro', com unidades pré-fabricadas, numa disposição que permite a cada casinha ter seu terraço. A favela futurista é habitada ainda hoje.
2010 - XANGAI. O Brasil teve um pavilhão na penúltima grande exposição - com samba e futebol. A única exposição no Brasil foi no Rio de Janeiro, em 1922, mas São Paulo é candidata para 2020.
domingo, 9 de dezembro de 2012
A poluição e suas consequências
Partículas químicas podem prejudicar o bom funcionamento da tireoide
A poluição deflagra um novo tipo de doença, a tireoidite química autoimune. "O contato com os poluentes é o gatilho para a produção de anticorpos que atacam a tireoide" . Daí, a glândula passa a trabalhar em ritmo bem lento. É uma versão da síndrome de Hashimoto, problema mais comum em mulheres. Mas, como a tireoidite química é induzida por fatores ambientais, inclui também homens e crianças entre suas vítimas. A situação dos pequenos é mais grave, já que o hipotireoidismo afeta hormônios fundamentais para o aprendizado e o crescimento.
Consequências :
- Crescimento de áreas industriais aumenta problemas tireoidianos .
- Agentes químicos da poluição atmosférica são os maiores responsáveis pela produção dos anticorpos que atacam a tireoide. Casos assim cresceram no Grande ABC após a expansão industrial, na década de 1990 .
- A tireoidite não tem cura, mas pode ser controlada. No caso, é preciso apelar para hormônios sintéticos. O grande risco é abrir portas para outras doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus, vitiligo e diabete tipo 1.
Faz mal ao coração
Basta que os níveis de poluentes atmosféricos subam um pouco e ultrapassem ligeiramente o que seria o limite aceitável para que os hospitais fiquem cheios de pacientes com queixas de dor de cabeça, tontura e, pior ainda, dor no peito alguns dos sinais da pressão sangüínea nas alturas .
Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp, mostraram a relação ao comparar os índices de poluição na capital paulista e a necessidade de atendimento médico a mais de 17 mil hipertensos. Notou-se que a procura por hospitais simplesmente triplica nos dias em que a qualidade do ar piora. Culpa, acredite, do monóxido de carbono e dos dióxidos de enxofre e de nitrogênio liberados aos montes pelos automóveis.
Os gases que saem dos escapamentos, diluídos na correnteza do sangue, irritariam nossas artérias. Dentre outras coisas, fariam o endotélio, o revestimento interno dos vasos, liberar altas doses de endotelina, um potente vasoconstritor. Aí a pressão vai lá no alto. Não à toa, só em São Paulo o número de mortes por infarto e derrame cresce 15% nos dias mais esfumaçados.
Há quem apresente estatísticas até piores. Um trabalho publicado no periódico científico The New England Journal of Medicine mostra que o ar poluído das grandes cidades faz as chances de aparecer problemas cardiovasculares aumentarem mais de 25% e, detalhe, os pesquisadores avaliaram durante seis anos 66 mil moradores de metrópoles com índices de poluição, digamos, mais aceitáveis, dentro dos limites, por assim dizer , eliminando dos complicados cálculos estatísticos dias de estado de alerta. Segundo o mesmo trabalho, para quem já é cardíaco, aspirar o ar sujo eleva em 76% o risco de morrer ou seja, para essa gente, o ideal seria se mudar para um recanto com atmosfera limpa .
Hábitos que ajudam a minimizar seus efeitos ruins :
- Alimentação : “Uma dieta balanceada, rica em fibras e vitaminas, alivia o impacto dos poluentes sobre o organismo”. O ideal seria ingerir, diariamente, porções de aveia e de itens cheios de antocianinas, como vinho tinto e uva escura — ou o seu suco.
Invista também em frutas e verduras ricas nas vitaminas E e C, como a laranja e o espinafre. Elas combatem os radicais livres, moléculas que causam danos às artérias, cuja produção aumenta à beça nos dias mais poluídos.
Invista também em frutas e verduras ricas nas vitaminas E e C, como a laranja e o espinafre. Elas combatem os radicais livres, moléculas que causam danos às artérias, cuja produção aumenta à beça nos dias mais poluídos.
- Menos Estresse : Levar a vida de um jeito mais leve, sorrir mais e, sempre que possível, aproveitar momentos de felicidade ao lado dos amigos e da família — essa é sempre uma ótima receita. “Uma rotina estressante aliada à poluição do ar é como uma bomba-relógio para a saúde do peito”. Valorize os momentos de descontração, procurando deixar o nervosismo e a ansiedade bem longe de você — principalmente quando estiver preso no trânsito e envolto em toda aquela fumaça.
- Atividade Física : Exercícios aeróbicos realizados por, no mínimo, meia hora três vezes por semana ajudam a fortalecer o peito. “A caminhada ou a corrida aumentam a capacidade muscular do coração e a elasticidade das artérias, diminuindo os risco de problemas” .
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Algas Marinhas .
O termo Alga engloba diversos grupos de vegetais fotossintetizantes, pertencentes a reinos distintos, mas tendo em comum o fato de serem desprovidos de raízes, caules, folhas, flores e frutos. São plantas avasculares, ou seja, não possuem mecanismos específicos de transporte e circulação de fluidos, água, sais minerais, e outros nutrientes, como ocorre com as plantas mais evoluídas. Não possuem seiva. São portanto, organismos com estrutura e organização simples e primitiva. As algas podem ser divididas didaticamente em dois grandes grupos: microalgas e macroalgas.
As microalgas são vegetais unicelulares, algumas delas com algumas características das bactérias, como é o caso das cianofíceas ou algas azuis, as quais têm núcleos celulares indiferenciados e sem membranas (carioteca). A maioria delas tem flagelos móveis, os quais favorecem o deslocamento.
Existem vários grupos taxonômicos de microalgas marinhas, no entanto, as principais são as diatomaceas e os dinoflagelados. Estes são os principais componentes do fitoplâncton marinho, ou plâncton vegetal. Estas microalgas se desenvolvem na água do mar apenas na região onde há a penetração de luz (zona fótica), ou seja, basicamente até os 200 metros de profundidade. São responsáveis pela bioluminescência observada ao se caminhar na areia das praias durante a noite. As marés vermelhas, na verdade são explosões populacionais de certos tipos de algas (dinoflagelados), as quais mudam a coloração da água. Estas algas liberam toxinas perigosas inclusive para o ser humano.
As algas marinhas são o verdadeiro pulmão do mundo, uma vez que produzem mais oxigênio pela fotossíntese do que precisam na respiração, e o excesso é liberado para o ambiente. A Amazônia libera muito menos oxigênio para a atmosfera em termos mundiais, pois a maior parte do gás produzido é consumido na própria floresta.
As microalgas pertencentes ao fitoplâncton marinho são basicamente as algas azuis, algas verdes, euglenofíceas, pirrofíceas, crisofíceas, dinoflagelados e diatomaceas. A classificação destes grupos é bastante problemática devido ao fato de apresentarem características tanto de animais como de vegetais.
As macroalgas marinhas são mais populares por serem maiores e visíveis a olho nu. As várias centenas de espécies existentes nos mares, ocorrem principalmente fixas às rochas, podendo no entanto crescer na areia, cascos de tartarugas, recifes de coral, raízes de mangue, cascos de barcos, pilares de portos, mas sempre em ambientes com a presença de luz e nutrientes. São muito abundantes na zona entre-marés, onde formam densas faixas nos costões rochosos. Estas algas são representadas pelas algas verdes, pardas e vermelhas, podendo apresentar formas muito variadas (foliáceas, arborescentes, filamentosas, ramificadas, etc). As laminarias (Kelp beds) são algas verdes gigantes que podem, chegar a várias dezenas de metros de comprimento). Todas estas macroalgas mantém uma fauna bastante diversificada, a qual vive protegida entre seus filamentos. Esta fauna habitante das algas é chamada de Fital.
As algas marinhas têm uma função primordial no ciclo da vida do ambiente marinho. São chamados organismos produtores, pois produzem tecidos vivos a partir da fotossíntese. Fazem parte do primeiro nível da cadeia alimentar e por isso sustentam todos os animais herbívoros. Estes sustentam os carnívoros e assim por diante. Portanto, as características mais importantes das algas são: consumem gás carbônico para fazer fotossíntese, produzem oxigênio para a respiração de toda a fauna, são utilizadas como alimento pelos animais herbívoros (peixes, caranguejos, moluscos, etc), filtradores (ascídias, esponjas, moluscos, crustáceos), e animais do plâncton (zooplâncton). São um grupo muito diverso, contribuindo significativamente para elevar a biodiversidade marinha.
domingo, 2 de dezembro de 2012
O mal do século !
Nossa sociedade hoje não tem mais os impedimentos religiosos que cegavam e freavam a ciência apregoando que se tratava de um castigo divino aos ímpios por seus pecados. Se mandamos o homem à Lua e podemos mandar mensagens, fotos e filmes do meio da rua por nossos celulares, como ainda não descobrimos a cura para uma doença cada vez mais corriqueira? Quem aqui não conhece pelo menos uma pessoa que morreu de câncer ou o enfrentou em algum momento da vida?
Ele não escolhe idade, região do corpo, classe social, sexo e ainda não está unicamente relacionado a alguns hábitos nefastos, como fumar, comer bobagens ou estar em permanente estresse. Conheci gente que nunca colocou um cigarro na boca e morreu de câncer de pulmão, um maratonista macrobiótico que teve câncer no estômago e uma monja que foi levada por esse mal. Mas fumar, comer tanta bobagem e viver no limite da insanidade criam, sim, um terreno propício para o desenvolvimento do câncer. Uma universidade francesa publicou um estudo neste ano que atesta uma incidência entre duas e três vezes maior de câncer em ratos que se alimentam de transgênicos : (milho, batata, tomate, canola, melão) . De acordo com estimativas da Organização Mundial da (OMS), 27 milhões de pessoas terão câncer em 2030.
Em alguns tipos, a prevenção para detectar a doença é bem simples; para o câncer de mama (52 mil casos esperados no Brasil até o fim de 2012), a mamografia anual; para o de próstata (mais de 60 mil neste ano), o exame de toque; para o de colo de útero (estimativa de 17,5 mil casos), o Papanicolau, e por aí vai. Quanto mais precoce for o diagnóstico, menores as chances de morrer.
Em vez de ficarmos sentados ante o alastramento epidêmico do câncer, podemos fazer minimamente a nossa parte, seja seguindo sem preguiça a agenda de exames preventivos, seja colaborando para entidades que se dedicam à pesquisa e ao tratamento da doença. Uma delas, o Instituto Desiderata, fez uma parceria com o grande cenógrafo Gringo Cardia para construir salas de quimioterapia infantil cuja decoração reproduz ludicamente o fundo do mar. São nelas que as crianças vítimas do câncer passam a maior parte de seus 18 penosos meses de tratamento. Em São Paulo, há a Quimioteca do Instituto de Oncologia, o GRAACC, com a mesma filosofia. E é comovente como a sociedade aderiu à campanha do Outubro Rosa de prevenção ao câncer de mama.
São muitas as iniciativas privadas de financiamento de pesquisas para prevenção, tratamento e cura do câncer. Mas, ao conversar com esses verdadeiros anjos que se dedicam a elas, todos reclamam da burocracia excessiva, da dificuldade em angariar recursos e da falta de estímulo das políticas oficiais de governo para as doações. Em alguns casos, paga-se até imposto sobre as doações.
Mas há ainda um outro impedimento, de teor mais sinistro. Se cada vez mais pesquisas estão ligando o câncer aos novos hábitos de alimentação e comportamento da sociedade nos últimos 50 anos, a quem não interessa que se façam campanhas contra eles? Quando os “males dos séculos” estavam restritos à infecção por ratos e pela falta de saneamento, não havia resistência em combatê-los. A revolução higiênica da sociedade ocidental conteve boa parte deles. Agora, quando eles mexem com poderosos interesses econômicos e industriais, a coisa ganha nuances que desafiam o próprio conceito de humanidade.
Até que se faça uma grande revolução cultural, comportamental e íntima, a cura do câncer estará bem longe do nosso alcance.
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