terça-feira, 20 de novembro de 2012

Gases que aquecem o planeta batem recorde de presença na atmosfera !

O secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, apresenta o boletim anual da Organização Meteorológica Mundial (OMM) sobre os gases do efeito estufa na atmosfera (Foto: Salvatore Di Nolfi/AP/Keystone)


Desde a era pré-industrial (1750), foram emitidos para a atmosfera cerca de 375 bilhões de toneladas de dióxido de carbono, dos quais a metade permanece na atmosfera . 

"Os milhões de toneladas de carbono na atmosfera "permanecerão nela durante séculos, o que provocará um maior aquecimento de nosso planeta e incidirá em todos os aspectos da vida na Terra", afirmou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, ao apresentar o boletim.


"Mesmo que parássemos as emissões amanhã, o que sabemos que não é possível, teríamos estes gases na atmosfera por milhares de anos", disse. Segundo Jarraud, não só sua concentração aumenta, mas o ritmo com que acontece se acelera cada vez mais, de maneira exponencial.

Pior ainda, os cientistas não podem assegurar que o planeta vá continuar tendo a capacidade de absorver as quantidades de carbono e outros gases que também contribuem para a mudança climática, como aconteceu até agora. "Já observamos que os oceanos estão ficando mais ácidos como consequência da absorção de dióxido de carbono, o que pode repercutir na cadeia alimentar submarina e nos recifes de coral", disse Jarraud, e afirmou que a ciência ainda não tem uma plena compreensão das interações entre esses gases, a biosfera terrestre e os oceanos.

O dióxido de carbono é o mais abundante dos gases do efeito estufa de longa duração e sua concentração atual representa 40% mais que na era pré-industrial, mas o metano e o óxido nitroso também representam um papel neste fenômeno. O primeiro gás foi responsável por 85% do "reforço radiativo" nos últimos dez anos, o metano contribuiu em 18% e o óxido nitroso em aproximadamente 6%.


Cerca de 60% do metano - cuja presença atingiu um máximo sem precedentes com 159% mais que em meados de século XVI - provém dos cultivos de arroz, da exploração de combustíveis fósseis, lixões e combustão de biomassa, assim como de ruminantes, enquanto o resto provém de fontes naturais (pântanos e cupins).

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