Partículas químicas podem prejudicar o bom funcionamento da tireoide
A poluição deflagra um novo tipo de doença, a tireoidite química autoimune. "O contato com os poluentes é o gatilho para a produção de anticorpos que atacam a tireoide" . Daí, a glândula passa a trabalhar em ritmo bem lento. É uma versão da síndrome de Hashimoto, problema mais comum em mulheres. Mas, como a tireoidite química é induzida por fatores ambientais, inclui também homens e crianças entre suas vítimas. A situação dos pequenos é mais grave, já que o hipotireoidismo afeta hormônios fundamentais para o aprendizado e o crescimento.
Consequências :
- Crescimento de áreas industriais aumenta problemas tireoidianos .
- Agentes químicos da poluição atmosférica são os maiores responsáveis pela produção dos anticorpos que atacam a tireoide. Casos assim cresceram no Grande ABC após a expansão industrial, na década de 1990 .
- A tireoidite não tem cura, mas pode ser controlada. No caso, é preciso apelar para hormônios sintéticos. O grande risco é abrir portas para outras doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus, vitiligo e diabete tipo 1.
Faz mal ao coração
Basta que os níveis de poluentes atmosféricos subam um pouco e ultrapassem ligeiramente o que seria o limite aceitável para que os hospitais fiquem cheios de pacientes com queixas de dor de cabeça, tontura e, pior ainda, dor no peito alguns dos sinais da pressão sangüínea nas alturas .
Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp, mostraram a relação ao comparar os índices de poluição na capital paulista e a necessidade de atendimento médico a mais de 17 mil hipertensos. Notou-se que a procura por hospitais simplesmente triplica nos dias em que a qualidade do ar piora. Culpa, acredite, do monóxido de carbono e dos dióxidos de enxofre e de nitrogênio liberados aos montes pelos automóveis.
Os gases que saem dos escapamentos, diluídos na correnteza do sangue, irritariam nossas artérias. Dentre outras coisas, fariam o endotélio, o revestimento interno dos vasos, liberar altas doses de endotelina, um potente vasoconstritor. Aí a pressão vai lá no alto. Não à toa, só em São Paulo o número de mortes por infarto e derrame cresce 15% nos dias mais esfumaçados.
Há quem apresente estatísticas até piores. Um trabalho publicado no periódico científico The New England Journal of Medicine mostra que o ar poluído das grandes cidades faz as chances de aparecer problemas cardiovasculares aumentarem mais de 25% e, detalhe, os pesquisadores avaliaram durante seis anos 66 mil moradores de metrópoles com índices de poluição, digamos, mais aceitáveis, dentro dos limites, por assim dizer , eliminando dos complicados cálculos estatísticos dias de estado de alerta. Segundo o mesmo trabalho, para quem já é cardíaco, aspirar o ar sujo eleva em 76% o risco de morrer ou seja, para essa gente, o ideal seria se mudar para um recanto com atmosfera limpa .
Hábitos que ajudam a minimizar seus efeitos ruins :
- Alimentação : “Uma dieta balanceada, rica em fibras e vitaminas, alivia o impacto dos poluentes sobre o organismo”. O ideal seria ingerir, diariamente, porções de aveia e de itens cheios de antocianinas, como vinho tinto e uva escura — ou o seu suco.
Invista também em frutas e verduras ricas nas vitaminas E e C, como a laranja e o espinafre. Elas combatem os radicais livres, moléculas que causam danos às artérias, cuja produção aumenta à beça nos dias mais poluídos.
Invista também em frutas e verduras ricas nas vitaminas E e C, como a laranja e o espinafre. Elas combatem os radicais livres, moléculas que causam danos às artérias, cuja produção aumenta à beça nos dias mais poluídos.
- Menos Estresse : Levar a vida de um jeito mais leve, sorrir mais e, sempre que possível, aproveitar momentos de felicidade ao lado dos amigos e da família — essa é sempre uma ótima receita. “Uma rotina estressante aliada à poluição do ar é como uma bomba-relógio para a saúde do peito”. Valorize os momentos de descontração, procurando deixar o nervosismo e a ansiedade bem longe de você — principalmente quando estiver preso no trânsito e envolto em toda aquela fumaça.
- Atividade Física : Exercícios aeróbicos realizados por, no mínimo, meia hora três vezes por semana ajudam a fortalecer o peito. “A caminhada ou a corrida aumentam a capacidade muscular do coração e a elasticidade das artérias, diminuindo os risco de problemas” .
Nenhum comentário:
Postar um comentário